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A crise mundial dos bancos e os fatores de risco para a economia brasileira neste momento



A crise anunciada desde o início do mês, provocada pelas seguidas quebras de instituições financeiras norte-americanas, tais como Silicon Valley Bank e Signature Bank, atingiu em cheio o coração da economia mais forte do mundo, abalando, de forma sistêmica, a confiança dos investidores e se alastrando rapidamente para outras instituições bancárias tradicionais, tais como First Republic Bank e até na Europa onde o centenário Credit Suisse, segundo maior banco suíço e uma das 30 instituições financeiras do mundo consideradas “grandes demais para falir” encontrou o seu ocaso. Fundado em 1856, o banco agora foi comprado pelo rival e conterrâneo UBS em meio a uma negociação histórica, em um acordo mediado pelo governo suíço, deflagrando a fragilidade e os sinais de riscos que tais acontecimentos trazem para todo o sistema financeiro mundial neste momento.


A crise mundial dos bancos e os fatores de risco para a economia brasileira neste momento: Selic, inflação, bolsa e dólar.


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu por manter a taxa básica de juros – a Selic – em 13,75% ao ano. Foi a quinta vez seguida que o comitê decidiu pela manutenção da taxa. Assim, o patamar de juros continua no maior nível desde dezembro de 2016. A decisão foi unânime.


A crise dos bancos no exterior, a piora do cenário externo e interno e a pressão inflacionária persistente foram as principais razões que sustentaram a decisão. Em relação ao cenário interno, o comitê argumentou que “o conjunto dos indicadores mais recentes de atividade econômica indicam uma desaceleração esperada, no entanto, não suficiente para arrefecer o cenário inflacionário que ainda persiste, o que reforça a decisão pela manutenção”.

O dólar permanece oscilando frente às incertezas internas e externas, desde o início do mês, acumulando queda de 1,15% desde o dia 01/03 e de 2,18% em 2023 , chegando a R$ 5,16 no início desta semana, com indicativos que deverão se manter nesses patamares. Com todo esse cenário de instabilidade, o Ibovespa continua acumulando perdas diárias, fechando em forte queda no dia 23/3, com investidores acompanhando os novos episódios de tensão entre governo federal e Banco Central e repercutindo a decisão de juros no Brasil e nos  Estados Unidos. O índice vem oscilando diariamente, com melhora a partir de 28/3, quando voltou aos patamares dos 100 mil pontos. Um certo alívio, no entanto, ainda muito longe do ideal.


Como fica o mercado imobiliário neste cenário de instabilidade e de riscos para os investimentos financeiros?


A priori, quando se traça cenários para a economia brasileira, o setor imobiliário aparece como um dos principais balizadores dessas análises, visto que faz parte de uma das principais cadeias produtivas do país, a construção civil. Assim, tudo que impacta direta ou indiretamente esse setor, impacta a economia brasileira e vice-versa. Como já observado anteriormente, é impossível prever o desenrolar da crise atual no setor financeiro, sobretudo das instituições envolvidas nesse processo nos EUA, na Europa e aqui no Brasil e o desempenho das respectivas ações no mercado de capitais brasileiro, tão solúvel e instável nos últimos dias, prolongando por tempo indeterminado o quadro de instabilidade e perdas financeiras para investidores do mercado de capitais brasileiro.


Na contramão de todo esse cenário de instabilidade, perdas financeiras e risco inflacionário, o setor imobiliário vem acumulando, desde o fim de 2022 e início de 2023, altas recorrentes, tanto em demanda, com recorde de vendas, quanto em valorização acima da inflação, o que vem surpreendendo analistas que classificam esse movimento em pelo menos dois principais pilares:


1. Imóvel: segurança patrimonial em qualquer cenário


Historicamente, tempos de instabilidade, seja de ordem econômica, financeira ou mesmo de confiança em qualquer que seja o cenário, o investimento em imóveis sempre foi o porto seguro de quem busca segurança, solidez e perenidade para os investimentos.


2. O INCC x IPCA 2023: oportunidade para se investir em imóveis na planta


O índice oficial que reajusta os custos da construção civil no Brasil – INCC – que, devido à pandemia, acumulou reajustes acima da inflação, até meados de 2022, refletindo o aumento extraordinário dos insumos da construção civil, os quais foram demandados de forma inédita durante o período pandêmico, está finalmente voltando aos patamares de normalidade, com um equilíbrio maior entre oferta e demanda de materiais, insumos e mão de obra, o que provoca uma acomodação natural do índice abaixo do IPCA, trazendo um cenário de oportunidade para quem busca realizar o sonho do imóvel ideal, principalmente investindo em um imóvel na planta, cujos reajustes contratuais durante o período de obras são regidos pelo INCC. Sendo que a valorização desse mesmo imóvel prevista para 2023 deverá ficar bem acima da inflação oficial, a exemplo do ano passado.


Fonte: Metrópoles




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