Durante décadas atuo no mercado financeiro e imobiliário. Estudei as grandes obras teóricas econômicas de Eduardo Fortuna, Ludwig von Mises e Gustavo Franco. Um grande professor de macroeconomia é o Álvaro de Sá Freire. Constatei que a teoria nos leva até certo ponto, mas a CONSCIÊNCIA emerge da prática. A maturidade advém da experiência na labuta da vida, das aparentes perdas e ganhos, da observação, da reflexão e percepção dos detalhes. Perspectiva é tudo. A única diferença entre ser mestre e ser aluno é que o mestre domina a arte de ser sempre aluno.
Desde aquela época que atuava no setor de crédito consignado, testemunho o aumento expressivo da cesta de “ofertas” da rede bancária, assim como a extensão dos prazos de empréstimos devido ao alto grau de endividamento dos tomadores. Produtos como débito em conta-corrente (o filé mignon para os bancos), consignação em folha, seguros, crédito imobiliário, cartão de crédito, limite “especial”, spread entre captação e alocação de recursos, etc. A lista é infindável e não para!
Ao longo dos anos de atuação no mercado imobiliário, percebi ciclos factuais de mercado. Oscilações e correções correlacionadas com o setor bancário. Relações que aparentemente parecem arbitrárias, mas não são. A construção civil, a taxa básica de juros, a demanda por áreas e terrenos, a fuga de capitais do mercado para alocação em renda fixa, a oferta e a demanda. Um grande jogo de xadrez com peças dependentes e interdependentes. O mercado imobiliário especificamente, sofre correções e estagnações numa lacuna decenal. Gatilhos pontuais que podem ser previstos diante dos movimentos muito bem sinalizados, telegrafados e recorrentes.
*não localizei dados de 2023
A incorporação, a construção civil e o financiamento imobiliário caminham de mãos juntas em todo o processo. Paralelamente a isso, às condições do setor econômico doméstico têm de estar alinhado com as necessidades para que a demanda tenha capacidade de pagamento. Em outras palavras, taxas condizentes para resgatar o valor imobilizado com lucro expressivo da incorporadora, da construtora e do banco propriamente dito, que inclusive e normalmente é “sócio participativo” do primeiro e segundo setor. Tudo isso parece bem lógico, mas foge aos olhos da pessoa comum que está navegando sem bússola e não compreende porque os imóveis subiram!
É bem verdade que o ativo imóvel é um ótimo investimento de médio e longo prazo, frente à inflação, que derrete arduamente o poder de compra do cidadão. Dentro deste ciclo imobiliário de aproximadamente uma década, o imóvel tem picos e vales de liquidez, pois está intrinsecamente interligado às taxas econômicas praticadas naquele momento. Daí a indispensável importância de estar bem assessorado na compra e venda de um imóvel. Qual o melhor momento para comprar, vender ou aguardar? Qual a taxa condizente de financiamento que mitiga a compra deste ativo e rentabiliza no longo prazo? Como prever substancialmente ganhos com locação?
Tudo isso pode ser adequadamente planilhado e planejado. Use a expertise de um profissional do ramo imobiliário/financeiro com conhecimento técnico e experiência prática. Seus investimentos terão nova amplitude e solidez. Agende uma visita para elaboração de um plano de investimento específico para seu perfil.
Fonte imagens: myside
Texto: Paulo Polli
